Reza a lenda que Jeff Bezos preparou o seu plano de negócio durante uma viagem de carro a Seattle com sua esposa. O plano era simples: se as maiores livrarias e catálogos de livros ofereciam cerca de 200 mil títulos, uma livraria online poderia oferecer muito mais. A empresa nasceu como “Cadabra.com”, nome logo abandonado por soar demais como “cadáver” em inglês. Bezos rebatizou-a “Amazon”, em homenagem ao maior rio do mundo.
Fundada em 1994 e lançada online no ano seguinte, a empresa tinha um plano de negócios inicial incomum: nenhum lucro era esperado por quatro ou cinco anos. Mas a estratégia mostrou-se eficaz. A Amazon cresceu de maneira firme e constante no final da década 1990, quando outras empresas da internet explodiam vertiginosamente. Entretanto, quando a bolha das ponto.com estourou, muitas dessas foram à falência, mas a Amazon perseverou e obteve os primeiros lucros no quarto trimestre de 2001.
Inovação na Amazon assumiu diversas formas ao longo dos anos. Em 1996, a empresa lançou um programa de parcerias, oferecendo aos participantes a possibilidade de inserirem em seus sites links (em forma de banner ou texto) para o site da Amazon. Se um visitante acessava o site de um desses parceiros e clicava num link para comprar um livro da Amazon, esse parceiro recebia uma comissão. Essa forma de affiliate marketing (programas de afiliação) foi um sucesso extraordinário e é hoje amplamente reconhecido como uma das ferramentas mais eficazes de marketing online.
Em 2000, a Amazon.com começou a oferecer a sua incomparável plataforma de comércio eletrônico para outros varejistas, e até para vendedores individuais, marcando mais uma etapa na evolução da empresa – de site de vendas para parceiro de e-commerce para plataforma de desenvolvimento. O negócio, que começara como uma livraria online, foi lenta mas inexoravelmente se ramificando num verdadeiro “supermercado na internet”, oferecendo uma lista quase infindável de produtos a consumidores e empresas. E agora, ao que parece, a Amazon está mais uma vez dispostas a assumir a vanguarda com a introdução de seu mais novo e mais radical produto: o Kindle.
O Kindle, o primeiro produto físico produzido pela Amazon, é um leitor de livros eletrônicos, com um sistema que permite baixar livros da internet. Seu display de papel eletrônico e tecnologia e-ink reduz o consumo de energia e [nos Estados Unidos] o aparelho pode ser usado sem necessidade de computador ou rede wireless [pois conecta-se diretamente à base de dados da Amazon]. Em sua memória cabem até 1,5 mil livros, jornais e/ou documentos pessoais, sendo possível tanto ler um livro na tela como ouvir o mesmo livro lido em voz alta.
A Amazon.com identificou um público e criou um produto inovador capaz de atendê-lo. Aproveitou a oportunidade e trouxe um pouco de emoção e flexibilidade ao mundo editorial tradicional, contribuindo para que as pessoas passem a ler mais. A empresa é um exemplo perfeito de como uma simples idéia pode se transformar em possibilidades infindáveis e de como “pensar fora da caixa” pode abrir novas portas. Embora já seja uma empresa de sucesso, a Amazon.com continua a levar a inovação a extremos, oferecendo produtos e serviços inovadores para mercados em constante transformação.
A empresa num relance
- 20.700 funcionários
- Faturamento: US$ 19,8 bilhões
- Lucro bruto: US$ 3,4 bilhões
- Nº 171 na Fortune 500
- Escritórios nos EUA: 12
- Escritórios ao redor do mundo.
